Americana: Mudanças e gastos geram polêmica na CM

Enquanto se disseminam as correntes que defendem o corte de despesas e a austeridade com os gastos públicos, a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Americana dá demonstrações de que a questão orçamentária não será problema no próximo biênio. Eleito presidente da Câmara há menos de 15 dias, o vereador Paulo Sérgio Vieira Neves (PSC) já anunciou um pacote de medidas que implicam em despesas para os cofres públicos da Casa, o que tem gerado bastante polêmica entre os próprios parlamentares.

Em menos de duas semanas como presidente, Paulo Sérgio já fez vários anúncios que, com certeza, vão elevar os gastos do Poder Legislativo. Entre as medidas, está o aluguel de três veículos para os vereadores. Até hoje, o Poder Legislativo teve frota própria, composta por dois carros, e não havia aderido à medida já adotada pela Prefeitura de alugar veículos. De acordo com o presidente, a Câmara vai manter apenas um dos carros próprios. O outro será entregue à Prefeitura de Americana.

“Hoje temos dois carros, cada um com 300 mil quilômetros rodados. Não tem condição só dois carros para 19 vereadores”, justificou o presidente. Ele disse que o carro com maior quilometragem será doado à Prefeitura porque, apesar de não ter mais condições para viajar, ainda pode ser usado dentro da cidade.

Outra medida anunciada pelo presidente é a pintura de todo o prédio onde está instalada a Câmara. A sede não é própria e já resulta em uma despesa de R$ 38 mil por mês. O vereador ainda quer comprar aparelhos de ar-condicionado para todos os gabinetes dos parlamentares e já determinou a abertura de licitação.





Já no primeiro dia de trabalho à frente da Casa, Paulo Sérgio removeu as catracas eletrônicas do acesso ao prédio da Câmara, na recepção. Os equipamentos, que já não eram utilizados há alguns meses, foram instalados em 2010 pelo ex-presidente da Câmara e agora deputado estadual, Cauê Macris (PSDB). A instalação custou R$ 45 mil aos cofres públicos da Câmara. A verba foi levantada através de uma negociação com a CEF (Caixa Econômica Federal), que passou a gerir os recursos do Poder Legislativo.

Funcionários não terão mais que marcar ponto
Mais uma medida polêmica adotada pelo presidente da Câmara, Paulo Sérgio Vieira Neves (PSC), foi a remoção do relógio de ponto, que fazia o controle dos horários dos funcionários do Poder Legislativo. Em vez da marcação das entradas e saídas, os funcionários passarão a registrar os horários em cadernos, que foram distribuídos para todos os setores. Quanto ao trabalho dos assessores de gabinete, Paulo Sérgio lembrou que são cargos de confiança dos vereadores e cabe a eles fazerem o controle da carga horária. “O assessor faz trabalhos externos e muitas vezes tinha que passar na Câmara para picar cartão. Agora o controle é feito pelo vereador”, afirmou.

Paulo Sérgio também transferiu o gabinete da Presidência do segundo andar para o piso térreo da Câmara. Ele precisou de cinco salas para se acomodar como presidente da Casa. Por esse motivo, alguns setores administrativos tiveram que ser deslocados para outros espaços. No gabinete, Paulo Sérgio contratou a própria namorada para assessorar a presidência. “Meu lema é ao lado da população. No piso superior, ninguém entrava, ninguém via e nem os vereadores conheciam a sala do presidente. Quero ficar do lado do povo”, afirmou.

O vereador também determinou a abertura de concurso público para a contratação de mais servidores para a Casa. Ele disse que a medida foi adotada porque, com 19 vereadores, a demanda de trabalho na Casa vai aumentar.

Fonte: Jornal O Liberal

 





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