O lavrador Odair José da Silva Almeida, de 33 anos, foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado em julgamento realizado ontem em Americana pelo morte de Jefferson Ferreira Bonfim, 29, o Garrincha, e da namorada dele, Juliana dos Santos Teixeira Pinto, 31, mortos no dia 19 de janeiro de 2011, atrás do prédio da Estação Cultura, região central. O casal foi morto com golpes de madeira e facadas na cabeça e pescoço, segundo a polícia. Os corpos foram encontrados por patrulheiros da Gama (Guarda Armada Municipal de Americana).
Durante o processo, um suposto comparsa de Almeida foi inocentado pela Justiça, em julgamento realizado em novembro último. Segundo o processo, o réu e Bonfim roubaram um revólver calibre 32. Eles, então, decidiram vender a arma de fogo e partilhar o dinheiro. Como a vítima, que ficou com o revólver, não honrou o que foi acordado, o réu decidiu matá-lo aliado, de acordo com o processo, a uma terceira pessoa não identificada. Eles desferiram golpes de faca e usaram um instrumento de ferro na ocasião. De acordo com o réu, Juliana foi morta como “queima de arquivo”.
Na época, a polícia informou que “Garrincha” foi preso pela delegacia na cidade de Americana acusado de tráfico de drogas e que tinha antecedentes por roubo na cidade e um furto na cidade de Votuporanga. A última unidade em que esteve preso foi a Penitenciária 1 de Hortolândia, onde cumpriu pena em regime semiaberto e desde agosto de 2009 deveria cumprir prisão domiciliar. Segundo informações da Dise, o envolvimento com as drogas de “Garrincha” é antigo, pois em 1998 foi investigado pela distribuição de entorpecentes na cidade.
Para resgatar os corpos, os guardas tiveram de estourar o cadeado onde funciona a Estação Cultura. “Garrincha” estava caído de bruços, com ferimentos no pescoço e cabeça. Ele tinha uma faca na cintura, que foi apreendida pela polícia. Juliana também tinha diversos hematomas.
Fonte: Jornal O Liberal