A lei municipal número 3.578/2001, de autoria do vereador Antônio Carlos Sacilotto (PSDB), que dispõe sobre a responsabilidade na destinação de pilhas, baterias e lâmpadas usadas em Americana ainda não foi aplicada na cidade, apesar de ter sido sancionada há nove anos. Nesse meio tempo, uma alternativa pioneira começou a sair do papel e promete inovar no descarte das lâmpadas fluorescentes usadas.
Pelo menos essa é a promessa do empresário Wanner Kelson de Almeida, que desde a formalização da lei trabalha com a recuperação de lâmpadas fluorescentes compactas, tubulares, de vapor de sódio e metálico. Atualmente, ele diz restaurar diariamente cerca de três mil fontes de luz. “Inventei um processo eletrônico que está em fase de patente e recupera aproximadamente 80% desse material sem violá-lo, e com o advento da legislação municipal passei a realizar o trabalho em escala industrial. A luminosidade permanece a mesma e o trabalho sai por 50% do valor de uma lâmpada nova”, afirma.
Segundo Almeida, sua empresa é a primeira a realizar o processo. “Atendemos o Brasil inteiro e oferecemos um ano de garantia, não conheço nenhum outro local que faça isso no mundo. Desde que comecei já recuperamos mais de um milhão de lâmpadas”.
O empresário ressalta também que já tentou o apoio de políticos e da Prefeitura, mas não obteve sucesso. “As administrações municipais deveriam fazer melhor o dever de casa. Como podem cobrar pelo descarte se estocam lâmpadas usadas sem saber o que fazer? A diferença fica entre cobrar e fazer. Enquanto isso, as indústrias que não têm consciência ambiental vão degradando a natureza”. As lâmpadas fluorescentes contêm vapor de mercúrio e quando quebradas exalam o gás tóxico por quatro meses – o mercúrio também contamina rios e o solo.
“Vou dar um exemplo de como a Prefeitura poderia utilizar com sucesso nosso sistema. As lâmpadas do projeto Americana Iluminada são de vapor metálico e duram apenas dois anos. Se eles recuperassem esse material ao invés de trocarem poderiam fazer com que durasse até 12 anos, pois podemos recuperar uma mesma lâmpada até nove vezes seguidas”, completa Almeida.
Fonte: O Liberal