Americana: a cidade do transtorno

A cidade Americana virou um canteiro de obras, com várias reformas e revitalizações acontecendo ao mesmo tempo. Os impactos de máquinas e materiais espalhados pelas ruas da cidade acabam impactando o trânsito de maneira significativa. Essa foi a conclusão na qual chegaram os alunos do Projel (Programa Jornal na Escola) na escola estadual Professor Wilson Camargo, situada no Parque das Nações.

A visão crítica sobre os problemas enfrentados pela população está presente já no título do trabalho do Projel 2011 escolhido pela comunidade escolar: “Desculpem-nos pelo transtorno”. Os estudantes iniciam o texto lançando a seguinte pergunta: “Quem já não cansou de ver a frase ‘desculpem-nos pelos transtornos’ por toda parte da cidade?”

“Há um tempo, a cidade vem sendo transformada em um grande canteiro de obras. Como consequência, há o acúmulo de materiais de construção às margens das calçadas, impedindo o livre acesso da população”, enfatizaram os estudantes. Eles recebem as edições do LIBERAL na sala de aula por meio de uma parceria mantida pela DRE (Diretoria Regional de Ensino) e O LIBERAL atendendo 50 mil alunos da rede estadual de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa.

Os alunos entrevistaram Josefa Hilário, de 42 anos, condutora escolar. Ela criticou a falta de estrutura do município frente ao crescimento da frota de veículos. “A estrutura viária é a mesma de 20 anos atrás. Antigamente o trânsito não gerava preocupação, pois o número de carros era bem menor do que hoje”, observou a motorista.





ASFALTO
Na análise do meio onde vivem – uma das principais propostas do Projel para este ano – os estudantes também detectaram a má qualidade do asfalto, que, segundo a avaliação da escola, “não resiste mais a tantos remendos”, conforme ressaltaram as alunas Andressa Cristiano, Daniela Silva e Pamela da Silva, da turma do 3º A do ensino médio.

“A cada chuva surgem novos buracos. Como exemplo, há a cratera da Avenida São Jerônimo, que está há meses aberta, colocando todos que passam no local em risco”, destacaram as estudantes. O motorista Jair Aparecido, de 46 anos, que mora na região do Parque das Nações, disse à equipe que “a situação está piorando cada vez mais, esse buraco mudou meu trajeto, tenho que dar voltas e voltas para que eu possa chegar em casa”, reclamou.

“Assim, a administração pública da cidade vem sendo criticada pela população, pois parece que a grande preocupação está focada na beleza da cidade. Não precisamos somente de praças e avenidas enfeitadas, merecemos uma saúde e uma educação de primeira qualidade, precisamos de uma administração trabalhando em todos esses aspectos”, cobraram as alunas em nome dos alunos do Projel.

Fonte: Jornal O Liberal





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