Omissão de Americana é criticada em ação

A Prefeitura de Americana foi considerada “omissa” e “indiferente” pelo secretário municipal de Planejamento de Cosmópolis, Laerte Vasconcellos, no episódio da ocupação da área da antiga granja Coav. Ontem, sob forte aparato policial, que contou inclusive com o helicóptero Águia da Polícia Militar, 62 famílias foram retiradas da área situada entre Americana e Cosmópolis para cumprir ordem judicial de reintegração de posse. A área foi transferida para os ex- funcionários da granja como indenização.

O terreno de 700 mil metros quadrados está situado na divisa entre Cosmópolis e Americana. “Noventa por cento da área está em Americana e 10% em Cosmópolis. Porém, a Prefeitura se ausentou totalmente dessa situação e nós fomos obrigados a tomar medidas sem ter condições estruturais”, disse o secretário.

Vasconcellos lembrou que área está distante do Centro de Americana e por isso, em todas as ocasiões em que o assunto foi discutido pelas autoridades de Paulínia e Cosmópolis a Administração de Americana sequer enviou representante. “As reuniões aconteceram em Americana, no 19º Batalhão da PM, e a Prefeitura não participou”, criticou o secretário. O terreno está a 1,5 quilômetro de Paulínia e dez quilômetros de Cosmópolis.





De acordo com Vasconcellos, no último levantamento feito pela Secretaria de Promoção Social eram 62 famílias sendo a maioria de Paulínia. “São cerca de 180 pessoas que estavam usando a estrutura de transporte, saúde e escola em Paulínia”, observou.

Cosmópolis ofereceu funcionários para atuar na remoção das famílias e 11 caminhões. Paulínia disponibilizou três caminhões e Americana não participou da ação. A Polícia Militar dos três municípios, incluindo a 3ª Cia do bairro Antonio Zanaga garantiu o cumprimento da ordem judicial expedida pela Justiça do Trabalho de Paulínia. Um ônibus da PM foi levado ao local. Os policiais estavam fortemente armados.

Em nota o secretário de Negócios Jurídicos de Americana, Cristiano Martins de Carvalho, argumentou que “sempre que alguma ajuda foi solicitada, a Prefeitura atuou dentro de suas possibilidades”. Segundo ele, “apesar de a área estar em Americana, os moradores não mantêm vínculo com a cidade, seja na utilização dos serviços públicos ou nas relações de emprego”, justificou. Porém, Vasconcellos disse que parte das famílias que deixou a área se mudou para casa de parentes em Americana.

Fonte: O Liberal





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