Polícia investiga morte de secretária em Americana

A família da secretária Jaqueline Mariana Rosa, de 21 anos, morta na madrugada de ontem por complicações pós-cirúrgicas no Hospital Municipal Doutor Waldemar Tebaldi, em guia da cidade Americana, garante que foi obrigada a chamar um médico particular para realizar uma cirurgia de traqueostomia na vítima, uma vez que o médico da unidade de saúde se atrasou.

Segundo a família, o procedimento cirúrgico estava agendado para anteontem pela manhã, mas o médico da rede pública não havia chegado à unidade até às 21h30. A Prefeitura nega o atraso e diz que todos os procedimentos foram realizados. A Polícia Civil investiga o caso.

De acordo com a cunhada da vítima, a comerciária Maria Emília da Cunha, de 31 anos, que a acompanhou no hospital, a secretária deu entrada na unidade de saúde na quarta-feira, deixou o HM a pedido da família, e retornou três horas depois com o quadro clínico agravado.

Uma cirurgia foi marcada para quinta-feira pela manhã, contudo, segundo ela, o médico não chegou e a família foi obrigada a chamar um profissional particular.

“Foi um desespero. O médico não chegava, ela começou a piorar e por volta das 21 horas a mãe decidiu chamar o médico particular. Quando ele chegou, os seguranças tentaram impedir, mas ele a acompanhou até o centro cirúrgico. Não sei quem fez a cirurgia, mas foi isso que aconteceu”, afirmou Maria Emília.





Pouco antes do procedimento, a família havia registrado um boletim de ocorrência no Plantão Policial relatando a demora em relação ao início da cirurgia. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima “foi conduzida ao centro cirúrgico” pelo médico particular.

“Os dois entraram na sala. O fato é que ela, após deixar a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), foi para o quarto e acabou morrendo”, disse ela. De acordo com a família, “o hospital foi negligente” já que não disponibilizou outro profissional para realizar a cirurgia com urgência.

A Prefeitura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a jovem já apresentava um histórico de insuficiência respiratória, mas na manhã do dia 12 a família quis retirá-la do hospital sem autorização médica e, para tanto, assinou a alta pedida, levando a jovem para casa.

À tarde, segundo a Administração, a paciente retornou ao hospital com agravamento do quadro clínico e foi feito novamente todo o processo de internação e chamado o especialista para a realização da cirurgia, que chegou dentro do tempo esperado.

A pedido da família, o médico particular acompanhou a cirurgia. De acordo com o hospital, todos os procedimentos e exames necessários foram realizados com a paciente, contudo, a jovem não conseguiu se restabelecer do quadro em que chegou ao hospital pela segunda vez.

Fonte: Jornal O Liberal





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