As mortes em decorrência da Aids cresceram 246% nas últimas duas décadas, nas cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil). Segundo dados do indicador de estatísticas vitais da Fundação Seade (Serviço Estadual de Análise de Dados), os óbitos provocados pela doença passaram de 15, em 1990, para 52, em 2010.
As cidades onde a mortalidade mais cresceu foram guia da cidade Americana (que passou de quatro mortes para 14, alta de 250%) e guia da cidade Sumaré (onde os casos saltaram de seis para 17, alta de 183%). No mesmo período, foi de 1,3% (3.098 vítimas fatais em 1990 contra 3.141) em todo o Estado de São Paulo.
Para o infectologista David Uip, diretor do Hospital Estadual Emílio Ribas, especializado no atendimento de doentes com Aids, integrantes dos chamados “grupos de risco”, jovens como idade entre 15 e 24 anos, em especial os homossexuais e profissionais do sexo, estão baixando a guarda para a doença.
“Nos últimos 30 anos, ocorreram muitos avanços no combate à doença, com a melhoria no atendimento e mais oferta de medicamentos. Isso levou muita gente a pensar: se há remédios, eu sou tratado; se sou tratado, eu não morro”, alertou o profissional, em entrevista à Agência Brasil. O médico ainda esclareceu que está aumentando o número de casos de transmissão da Aids nas relações sexuais entre homens homossexuais e que esse grupo tem 13 vezes mais chances de se contaminar do que o restante da população.
Em todo o Estado, foram registrados 2.427 casos de Aids até junho de 2011. Na região, Sumaré (90), Nova Odessa (88) e Americana (80) lideram as estatísticas de novas notificações. Em todas as cidades, os portadores do vírus HIV recebem, além do tratamento com medicamentos, acompanhamento de uma equipe
Fonte: Jornal O Liberal