Americana é campeã em atendimentos prestados

Americana é a cidade que mais assiste pessoas em situação de rua na RPT (Região do Polo Têxtil), que abrange os municípios de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia. Segundo dados tabulados pela Câmara Temática da População de Rua do Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas) referentes a janeiro deste ano, 318 pessoas passaram por atendimento no CAM (Centro de Atendimento ao Migrante) do município.

O número é 261,4% maior, quase quatro vezes superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período em Santa Bárbara, Sumaré e Hortolândia, quando somados. Nova Odessa não forneceu dados.

Posição geográfica, histórico de albergues, além de servir como município de transição na RPT são fatores apontados para a grande quantidade de atendimentos no município. No segundo semestre, uma força-tarefa que integrará as secretarias de Promoção Social, Obras e Serviços Urbanos, além da Gama (Guarda Municipal de Americana) contra a atuação de flanelinhas, pedintes e vendedores ambulantes atuará no município (veja texto nesta página).

NÚMEROS
Os dados revelam que em janeiro deste ano Sumaré atendeu 56 pessoas, Santa Bárbara 29 e Hortolândia apenas três, enquanto pelo CAM de Americana passaram 318 pessoas, de várias cidades da região.





“Realmente é espantoso o número de pessoas atendidas em Americana. Contudo, alguns fatores devem ficar claros. A localização geográfica da cidade facilita esta transição de pessoas e, além disso, o município é um tronco rodoviário, ou seja, todo mundo embarca e desembarca em Americana com destino a outras cidades da região”, afirmou o membro da câmara temática e assistente social do CAM Antonio Carlos Zanóbia.

Segundo ele, o município possui abrigo desde 1947, fato que facilita a vinda de moradores de rua migrantes. “Trata-se de um fator histórico que acaba contribuindo com o grande número de atendimentos. As pessoas sabem que em Americana existe um albergue de qualidade”, explicou.

Para a secretária de Promoção Social de Encontra Americana, Leila Mara Pessoto de Paula, o grande número de migrantes na cidade acaba custando caro. “Além de manter o CAM, outros custos também acabam acontecendo. Não podemos negar atendimento. Quem chega aqui é atendido e bem atendido”, ressaltou a secretária.

Leila explicou ainda que várias mudanças serão realizadas no CAM, já que o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) elaborou novas regras para o atendimento de pessoas em situação de risco. “Todas as cidades deverão aderir às novas regras. O sistema mudará radicalmente”, disse.

Fonte: Jornal O Liberal





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