O lançamento de um plano de incentivos fiscais para garantir a atração de novas empresas para Americana pelo prefeito Diego De Nadai (PSDB), há uma semana, contrasta com a falta de atendimento de uma reivindicação simples de empresas já instaladas no município e que agora ameaçam migrar para cidades vizinhas por falta de condições de trabalho. A ausência do asfalto em um trecho de apenas dois quarteirões da Rua Djalma Rogério Cerione, no Distrito Industrial do bairro São Luiz, tem inviabilizado o trabalho das empresas.
“É um loteamento antigo que até hoje não tem asfalto”, contou o empresário Wilson Sega. Ele disse que já foram realizadas várias reuniões entre os empresários e representantes da Prefeitura, sem que se chegasse a uma solução para o problema. “A Prefeitura quer trazer empresas novas, mas vai perder as antigas”, reclamou. “Não estamos pedindo asfalto de graça, nem esmola e nem isenção de imposto. Não é luxo, é necessidade”. Ele contou que a poeira e a lama dificultam o trabalho das empresas e causam prejuízos. Por esse motivo, ele disse que empresas instaladas no local já pensam em se transferir para cidades vizinhas.
O empresário Paulo César Carvalho enfrenta a mesma dificuldade. “Temos muito problema com a chuva. Infiltra água na empresa, molha a mercadoria, os caminhões não conseguem entrar para descarregar”, relatou. “A Prefeitura vem dizendo que vai dar incentivos para trazer empresas novas sendo que não dá atenção para as empresas que já estão aqui pagando impostos”. Ele disse que a reivindicação não é recente e que há empresários no local que pedem o asfalto há mais de seis anos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Carlos Martins, disse que o assunto já estava em discussão com os empresários. “Estamos discutindo como fazer o asfalto. A última situação é que faríamos a estrutura para o asfaltamento, como a colocação de guias e das galerias de águas pluviais”, explicou. Ele disse que, de acordo com a programação da Sosu (Secretaria de Obras e Serviços Urbanos), a pavimentação daquela rua está prevista para ser feita no primeiro trimestre de 2011. “A limpeza da área já foi feita e agora vamos retomar as discussões quanto à forma de pagamento”, afirmou.
“Nós entendemos a posição dos empresários porque temos que ter um ritmo que possa se adequar às necessidades deles. Não podemos admitir a hipótese de termos empresas sequer chateadas conosco. Entendemos a ansiedade dos empresários em resolver o problema e vamos continuar o contato”, afirmou.
Fonte: O Liberal