A coleta seletiva está suspensa em Americana desde o dia 23 de junho, quando os caminhões que realizam o serviço – da empresa contratada pela Prefeitura da cidade de Americana, a Transpolix Ambiental Serviços de Limpeza Pública e Privada Ltda – deixaram de passar nos bairros Vila Mariana, Cariobinha, São Manoel e Residencial Jaguari. O problema passou a atingir toda a cidade gradativamente a medida que nas datas previstas os caminhões deixaram de passar em outros bairros, como Chácara Mantovani, São Luiz, Nossa Senhora de Fátima e Jardim Brasília.
Segundo informações extraoficiais de uma fonte ligada ao setor, houve uma quebra de contrato entre a Prefeitura de Americana e a empresa. A coleta seletiva foi iniciada em Americana em 1994 e atende 100% dos bairros. Segundo informou no dia 15 de setembro de 2010 o diretor da Unidade de Limpeza Pública, Jair Molon, a coleta seletiva gera 10 toneladas de materiais por dia. Considerando que a coleta é realizada de segunda a sexta-feira, são em média 220 toneladas de lixo reciclável que estão indo para o lixo comum.
Os moradores que reclamaram receberam a informação que um caminhão estaria quebrado, mas a coleta não estava sendo mais realizada até ontem em todos os bairros, segundo foi informado por um servidor da Unidade de Limpeza Pública. Trabalhavam no serviço até o ano passado 22 coletores em seis caminhões, sendo quatro fornecidos pela empresa Transpolix e dois caminhões da Prefeitura de Americana.
Verba
Em 31 de março do ano passado, o prefeito Diego De Nadai (PSDB), acompanhado do secretário de Obras, Flávio Biondo, e do secretário do Meio Ambiente, Jonas Santarosa, assinaram um convênio com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente para a liberação de R$ 330 mil para a compra de três caminhões destinados a coleta seletiva no município.
Uma fonte ligada à Secretaria de Meio Ambiente explicou que o contrato celebrado com a Transpolix pela Prefeitura previa, em outra Administração, que em caso de quebra de caminhão, o veículo deveria ser substituído em algumas horas. O material recolhido era encaminhado para quatro cooperativas do município (Cooperlírios, CooperGramado, Cooperativa São Domingos e Sasa). A fonte ouvida pela reportagem informou que hoje estariam sendo recolocados dois caminhões para circular na cidade.
A Prefeitura de Americana informou, através de sua assessoria de imprensa, que não procede a quebra de contrato. “Houve um problema interno na empresa (Transpolix), porém, já foi resolvido. A coleta seletiva normalizou esta semana”, disse a assessoria em nota. A Transpolix foi procurada pela reportagem do LIBERAL por dois dias e não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: Jornal o Liberal