O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ingressou ontem na Justiça com um pedido de efeito suspensivo da liminar que garante que as terras ocupadas na região do Pós-Represa são de uso da Usina Açucareira Ester S.A, como alega a empresa. Segundo o advogado do movimento da cidade de Americana, o recurso de agravo impetrado pelo MST não elimina o efeito da liminar.
Por isso, o movimento tenta o efeito suspensivo até que o agravo seja julgado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça). De acordo com ele, mesmo com uma decisão contrária por parte da Justiça, o movimento deixará as terras somente com a presença de um oficial de justiça e da força policial.
“Na verdade o agravo não suspense o efeito da liminar. Por isso também ingressamos com um pedido e efeito suspensivo até que o TJ julgue o processo. Creio que amanhã (hoje) saia alguma decisão sobre o pedido. Tentaremos uma última negociação, mesmo com o oficial de justiça e a força policial na entrada do acampamento”, afirmou o advogado do MST, Vandré Paladini Ferreira. De acordo com ele, a intenção é manter as famílias no local legalmente até que o agravo seja julgado.
Na terça-feira, a Justiça acatou o pedido de reintegração de posse feito pela usina. De acordo com a Justiça, caso o MST descumpra o mandado judicial, a retirada das famílias será de forma “coerciva”, ou seja, com o uso da tropa de choque da PM (Polícia Militar).
A Polícia Militar informou que somente após o descumprimento da determinação judicial é que a polícia planejará uma ação de desocupação.
Fonte: Jornal o Liberal