Em pleno verão, a escassez de água se espalha pelos bairros da cidade de Americana. No Jardim Progresso o problema já é antigo e se agravou nos últimos seis meses. Há 60 dias, porém, a situação piorou e os reservatórios estão praticamente vazios.
A falta d’água atinge também o Jardim Bertoni, onde os moradores estão com as torneiras vazias desde o último sábado.
No Jardim Progresso os reservatórios estão baixos há tempos. Em 2010 o jornal O LIBERAL publicou matéria sobre a situação e moradores alegaram que no dia seguinte seis caminhões do DAE (Departamento de Água e Esgoto) solucionaram o problema.
Porém, seis meses depois, a situação voltou a piorar, e, desde então, a quantidade de água disponível no bairro não parou de diminuir.
A dona de casa Silvana dos Santos, de 58 anos, afirma estar sem água todas as tardes. Segundo ela, o problema causa desconforto no dia-a-dia, pois muitas vezes não tem como tomar banho, não consegue encher uma máquina de lavar roupas e encontra dificuldades para cozinhar.
A única opção é buscar o líquido no poço artesiano do bairro, que está externamente com aparência de abandono, com mato alto.
“É muito ruim abrir a torneira e ver apenas algumas gotas caindo. O pior é quando eu chamo uma diarista para cá, pois tenho que pagar a diária dela e sem água ela não tem como trabalhar”, relata a moradora, que ainda relatou outra situação que a deixou indignada durante o Carnaval.
“Eu moro perto do local onde a Prefeitura organizou o show do Jorge Ben Jor e os desfiles das escolas de samba, e o curioso é que durante este período o DAE levou um mutirão para lavar e limpar as ruas próximas, mas não conseguiu mandar uma pessoa sequer para analisar a falta d’água no nosso bairro”.
No Jardim Bertoni, o morador Antonio Marcos Dias Bonfim alega que desde o último sábado todo o bairro está sem água e, mesmo após reclamar para o DAE, ninguém tomou providências.
“Faram que existe um vazamento e que por isso a água está cortada, mas nunca vi nenhum carro do DAE procurando o tal vazamento. Acho que com tanto tempo sem água, o mínimo que eles deviam fazer é mandar um caminhão pipa para a população, mas nem isso fizeram”, afirma.
A reportagem do jornal O Liberal questionou a Prefeitura para comentar a falta d’água no município, porém não recebeu resposta da assessoria de imprensa até o fechamento desta edição.
Fonte: Jornal O Liberal
Qualquer A.P.A. (Assessor para Assuntos Aleatórios), sabe da necessidade de um gerenciamento da demanda de água, considerando o aumento “alarmante” de residências em nossa cidade e a real disponibilidade deste líquido. Mas, pelo visto ninguém na autarquia (D.A.E), vem considerando a variável oferta x demanda, o que é uma pena. Mais uma vez, a população tende a arcar com os prejuízos físicos e morais desta situação. Conheço muitos que não puderam, quando deviam, porque não quiseram, quando podiam. Outubro vem aí! Aguardem!!!
O elevado índice de perdas (por falta de manutenção) nos sistemas de abastecimento de água e a falta de políticas que definam com clareza as regras para distribuição de água nos bairros americanenses (considerando até mesmo racionamentos em época de estiagem), além de alternativas para conservação dos mananciais e para redução dos desperdícios de água, são os fatores que aumentam ainda mais a sensação “de caos” hídrico na nossa cidade. No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, ao trabalho e à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz. E isto não é um clichê. Outubro vem aí! Aguardem!!!