Motoristas de Americana migram para a gasolina

O aumento no preço do etanol já está fazendo motoristas da RPT (Região do Polo Têxtil) preferirem abastecer os veículos com gasolina. Em postos de combustível de Americana, por exemplo, o litro de etanol custa, em média, R$ 1,99, mas alguns estabelecimentos chegam a cobrar R$ 2,15. Com a diferença de preço, frentistas calculam que até 90% dos clientes estão preferindo escolher o derivado do petróleo.

A migração para a gasolina é justificada pela vantagem dos veículos rodarem mais quilômetros por litro, apesar do etanol proporcionar maior potência no motor. A relação entre o preço e o desempenho é calculada quando o valor do etanol corresponde a 70% da gasolina. Segundo frentistas da cidade, a mudança foi intensificada nos últimos 15 dias, quando iniciou a elevação do preço.

De acordo com Éder Lavos, de 49 anos, frentista de um posto de combustível da Avenida Brasil, o uso do etanol caiu drasticamente. “Quem está preferindo usar o etanol é porque quer correr mais. Mesmo assim, 90% dos clientes não querem ficar em desvantagem e acabam preferindo abastecer com gasolina. Logo o diesel também sobe e mais mudanças estão por vir”, disse ele.





A reportagem percorreu postos de combustíveis localizados na região central e nos bairros, como Cordenonsi, São Vito, Vila Jones e Nossa Senhora de Fátima, em Americana, e constatou que o preço do etanol varia entre R$ 1,93 e R$ 2,15. Em estabelecimentos de “bandeira branca”, o combustível pode ser encontrado a R$ 1,79. O aposentado Geraldo Calixto, de 59 anos, entrou na lista de motoristas que fizeram a migração na região. “Abasteço com gasolina por causa da quilometragem. Acho que não compensa usar um combustível pensando na potência do motor porque a gente não pode correr na cidade”, afirma.

No estabelecimento de Americana onde o preço do etanol chegou a R$ 2,15, os frentistas calculam que pelo menos 60% dos clientes mudaram de opinião. “Faz duas semanas que o pessoal preferiu mudar para a gasolina na cidade de Americana, mas acho que a quantidade deve aumentar se o preço não cair”, defende o frentista Héber Batista da Silva, de 32 anos.

Fonte: Jornal O Liberal





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