Paralisação de pedreiros em Americana pode atrasar construção do Hospital Municipal

Um grupo de 16 funcionários, entre pedreiros e seguranças, que trabalham na reforma de ampliação do Hospital Municipal Doutor Waldemar Tebaldi, de Americana, está parado desde dia 14, por conta de dois meses de salários atrasados. Ontem pela manhã, parte deles cobrou o pagamento da empreiteira Almeida Aguiar, empresa terceirizada da construtora Teto, que venceu a concorrência pública da construção. Segundo o mestre de obras João Marcos Izidro e o diretor do Sindicato da Construção Civil, Cícero Pereira da Silva, os pagamentos – salários de cerca de R$ 2,5 mil – foram feitos ontem à tarde. Mas, a volta ao trabalho de todos os grevistas será decidida em reunião prevista para hoje.

Dois funcionários de segurança da empresa AIC Proteção Patrimonial, que também presta serviços para a Teto, completam a lista dos que estão de braços cruzados. “Tenho nota para receber desde fevereiro da Teto, que disse que não está pagando porque a Prefeitura de Americana não repassou o dinheiro para eles. Como não houve acordo até agora, pedi para o pessoal se retirar do serviço até acertar a situação (sic)”, disse Áureo de Oliveira Ruela, dono da AIC. Há também informações não confirmadas de que encanadores e fornecedores de alimentação para os pedreiros da obra não trabalharam nesta semana.





A crise acontece exatamente uma semana depois do anúncio do prefeito Diego de Nadai (PSDB) de entregar o complexo hospitalar em julho, com 70% da obra concluídos e o restante em fase de acabamento. Porém, com a paralisação justamente do grupo responsável pela empreiteira especializada em fechamento e reboque, surge a possibilidade de ocorrer novo atraso na obra. A previsão inicial divulgada pela Prefeitura era de terminar o prédio em setembro do ano passado. Por meio da assessoria de imprensa, a Administração informou ontem desconhecer o atraso de salários e que os pagamentos à Teto estão em dia.

A reportagem tentou contato com responsáveis pela Teto para comentar a situação, porém foi informada que toda a diretoria estaria em reunião durante a tarde e que não atenderia a imprensa. Um engenheiro que é responsável pelo pagamento dos trabalhadores, no canteiro de obras da Almeida Aguiar, confirmou o atraso dos salários, pela manhã, mas exigiu que a reportagem se retirasse do local, sem dar mais explicações.

Além do risco de novo atraso, a obra já custa bem mais que o valor estimado pela Prefeitura. O orçamento inicial previsto, em torno de R$ 15,7 milhões, já chegou em R$ 27,7 milhões, inclusive com repasses do governo estadual. A reforma deve elevar a capacidade de atendimentos diários dos atuais 400 para mil pacientes.

Fonte: Jornal O Liberal





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