O prefeito de Americana, Diego De Nadai (PSDB), disse ontem que o Poder Executivo fez sua parte ao instaurar a Comissão Interna de Sindicância para apurar as denúncias de irregularidades no Cemitério da Saudade. Ele não comentou se é favorável ou não à formação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) na Câmara para investigar os casos. O problema veio à tona a partir de denúncias de famílias que tiveram as sepulturas vendidas e os restos mortais dos parentes removidos.
O prefeito salientou que as questões que envolvem o cemitério são de aspecto técnico. “Cabe à Câmara fiscalizar e apontar os erros, se porventura existirem, para o Poder Executivo tomar providências para corrigir os erros”, afirmou o prefeito. “Nossa parte nós estamos fazendo, já abrimos a sindicância”. Questionado sobre a formação da CEI, ele desconversou. “Sou favorável que tudo o que não esteja de acordo com a lei seja colocado de forma transparente”, apontou Diego.
A hipótese da formação da CEI está ganhando força na Câmara. Na sessão de anteontem, o vereador da base aliada ao governo, Oswaldo Nogueira (DEM), disse que vai assinar o requerimento para formação da comissão, assim como o bloco de oposição. O requerimento deverá ser proposto pelo vereador Reinaldo Chiconi (PMDB).
O prefeito anunciou ontem que a reforma dos velórios dos cemitérios da Saudade e Parque Gramado serão concluídas na segunda quinzena de dezembro. “A população vai poder contar com espaços públicos que dignificam a cidade”, afirmou.
A reforma dos velórios causou transtornos desde que foi iniciada, no final de agosto. Como os dois espaços passavam por obras ao mesmo tempo, os velórios nesse período tiveram que ser realizados em outros locais, como as capelas dos cemitérios, igrejas e até no velório improvisado em uma casa, o que gerou a revolta dos vizinhos. Outra reclamação foi em relação à falta de condições dos espaços disponibilizados. O término da obra está com o cronograma atrasado, já que a previsão inicial era que os velórios estariam prontos no final de outubro.
Fonte: O Liberal