RPT de Americana perde 171 leitos em cinco anos

O número de leitos públicos para internação na RPT (Região do Polo Têxtil) caiu 29% nos últimos cinco anos. Entre 2005 e 2009, Americana, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia perderam 171 leitos. O número passou de 573 para 402. Por só oferecer leitos privados, Santa Bárbara d’Oeste ficou fora da comparação. Os dados fazem parte da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária 2009 divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e feita em parceria com o Ministério da Saúde. O estudo traça o perfil da oferta de serviços de saúde no país, a partir da investigação dos estabelecimentos públicos e privados do setor, com ou sem internação.

Na RPT, Americana e Sumaré são as cidades que mais se destacam na redução de leitos públicos. O município americanense que há 5 anos oferecia 234 vagas, hoje, tem 127, sendo que 111 estão disponíveis no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. O restante está distribuído em instituições filantrópicas que têm leitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em Sumaré, o número passou de 213 para 166. Hortolândia perdeu dez leitos e atualmente tem 68 vagas. Já Nova Odessa tem quatro leitos a menos que em 2005. São 41 vagas.





Segundo o diretor do hospital Ouro Verde em Campinas e ex-secretário de Saúde de Americana, Gilberto Scarazatti, a queda de leitos não é um fenômeno particular da RPT. “Alguns gráficos mostram que a diminuição de leitos na América Latina está acontecendo proporcionalmente ao número de habitantes. Para cada mil moradores, dois leitos deveriam ser acrescidos, mas nas últimas décadas, a proporção está caindo no Brasil todo”, afirmou.

Scarazatti ressalta, no entanto, que ao mesmo tempo que cai a quantidade de leitos gerais, aumenta o número de vagas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Também têm diminuído significativamente a quantidade de leitos psquiátricos, resultado da política brasileira de desospitalização em saúde mental”, disse. Para o diretor, a redução de leitos é positiva. “Significa amadurecimento no sistema de saúde”, destacou.

Fonte: O Liberal





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