Dois irmãos que moram no Jardim Nossa Senhora Aparecida, na região do Antonio Zanaga, acusam seis patrulheiros da Gama (Guarda Municipal de Americana) por agressões e truculência durante uma ocorrência no bairro, na madrugada de segunda-feira.
O auxiliar de produção João Paulo de Castro, 23, e o açougueiro Jonas Henrique de Castro, 20, exibiram as marcas provocadas, segundo eles, por socos, chutes e golpes de cassetete. Eles registraram um boletim de ocorrência. A corporação não comentou o caso.
Jonas disse que assistia televisão na sala de sua casa, na Rua Caetano de Campos, entre 0h e 1h de segunda-feira, depois de chegar do trabalho, quando ouviu gritos que vinham da rua.
De acordo com ele, a Gama atendia uma ocorrência em frente ao local em que mora, com seis patrulheiros em três viaturas. Dois rapazes estariam deitados no chão, contidos e com as mãos algemadas, e sendo agredidos por patrulheiros, segundo Jonas. O açougueiro, então, saiu à rua para questionar os guardas.
“Eu perguntei para eles (patrulheiros) por que estavam agredindo os caras deitados, disse que não precisava daquilo, que durante o dia eles não tinham coragem de fazer aquilo”, contou Jonas. “Eles resolveram me pegar e entrei para dentro casa. Quatro ‘policiais’ entraram em casa ‘esculachando’, bateram no meu irmão que estava dormindo. Meus pais e minha irmã estavam em casa, não respeitaram ninguém. Entraram sem pedir autorização só porque fui perguntar o que estava acontecendo e arrastaram e bateram na gente até chegar na rua”.
João Paulo estava deitado em um quarto do imóvel quando teria sido agredido. Com agressão, houve sangramento no braço direito dele. A reportagem esteve na casa dos irmãos na tarde de terça-feira e ainda havia manchas de sangue no chão.
“Eu fui levado sem explicação, já estava dormindo. Jogaram a gente no camburão algemados, junto com os outros dois que estavam na rua”.
A Gama foi procurada na terça-feira, por meio da assessoria de imprensa, e informou que não comentaria o caso em específico.
Segundo a posição da corporação, em situações como essa é necessário que as pessoas que se sentiram lesadas apresentem uma reclamação formal, na própria sede da guarda, para que a corregedoria investigue o teor da denúncia.
Fonte: Jornal O Liberal